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ECT é alvo de denúncia de corrupção e desvio de verbas nas principais revistas do País.


Publicada dia 16/06/2014 14:25

Quase uma década após o escândalo do mensalão, os Correios são novamente alvo de denúncias de esquema de desvio de verbas da estatal, lavagem de dinheiro e enriquecimento ilícito. De acordo com indícios investigados pela Polícia Federal na operação Lava Jato, o contrato da ECT com a locadora de veículos Renacar foi usado como fachada para Lavagem de Dinheiro.

A empresa Renacar (nome fantasia da “JN Rent a Car”), sediada em Londrina (PR), teria embolsado, em oito anos, mais de R$ 77,5 milhões em contratos com a ECT. De 2005 até 2013 a locadora de veículos multiplicou seus ganhos nos Correios em 20 vezes, com a ampliação e renovação automática de contratos. De um faturamento de R$ 1,4 milhão, em 2005, a locadora passou a ganhar mais de R$ 20 milhões em 2009.

revista istoe - doleiro

A revista Istoé aponta que a empresa tem como dono Assad Jannani, irmão do ex-deputado José Janene (PP), réu do mensalão que morreu em 2010 de enfarte e que era um dos parlamentares mais próximos de Youssef.

A Revista também ouviu o empresário Hermes Magnus, testemunha-chave da Operação Lava Jato. Ele ficou responsável por informar à Polícia Federal que Youssef havia voltado a operar – além dos Correios, o doleiro teria utilizado verba da Petrobras e do Ministério da Saúde em seus esquemas.

 

Outros esquemas

A revista “Época” também apontou esquemas de Corrupção envolvendo a Administração dos Correios. Desta vez, aponta o envolvimento de Edison Lobão no esquema de corrupção que quase levou o fundo de pensão dos carteiros, o Postalis, à ruína. As perdas superam um montante de R$ 7 bilhões.

Desvio no Postalis: Edição 19/maio

Desvio no Postalis: Edição 19/maio

De acordo com a revista, Edison Lobão indicou para dirigir o dinheiro da aposentadoria dos carteiros um ex-sócio do filho Márcio Lobão, o engenheiro Alexej Predtechensky, conhecido como Russo. Lobão também indicou o administrador Adílson Costa para o segundo cargo mais importante do Postalis: a diretoria financeira.

A gestão de Russo/Adílson no fundo dos carteiros resultou em péssimos números. Dono de um patrimônio de R$ 7 bilhões, o Postalis vem acumulando perdas significativas. Entre 2011 e 2012, o deficit chegou a R$ 985 milhões. No ano passado, o fundo somou R$ 936 milhões negativos e, em 2014, as contas no vermelho já somam mais de R$ 500 milhões, com uma projeção para encerrar o ano acima de R$ 1 bilhão.

Por fim, quem mais sofre com a má administração, desvio de verbas, enriquecimento ilícito e superfaturamentos são os companheiros trabalhadores. A empresa diz não poder pagar uma PLR maior que R$300,00, oferece um plano de aposentadoria (PDIA) ridículo e absurdo, frente aos anos de trabalho e dedicação dos Companheiros. Uma vergonha essa administração dos Correios, a maior empresa pública do país está, mais uma vez, pisando na bola com os trabalhadores e trabalhadoras ecetistas.

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