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FINDECT PARTICIPA DE AUDIÊNCIA PÚBLICA, NA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DE SP – EM DEFESA DOS CORREIOS E SEUS TRABALHADORES


Publicada dia 14/06/2017 13:57


A Assembleia Legislativa de São Paulo sediou, no dia 12 de junho a Audiência Pública em defesa dos Correios, convocada pela Deputada Estadual Leci Brandão (PCdoB) em parceria com o SINTECT-SP e a FINDECT

 

A luta contra a privatização dos Correios, por melhores condições de trabalho e dos serviços postais prestados à população, por concurso público e contratação de funcionários já, e por Correios públicos e de qualidade esteve em pauta na Audiência Pública realizada no dia 12 de junho de 2017 (segunda-feira), no Auditório Paulo Kobayashi da Assembleia Legislativa de São Paulo (ALESP).

Além da Deputada, dos dirigentes do Sindicato e da Federação e de muitos trabalhadores da categoria, participaram da Audiência​ Pública Rene Vicente, presidente do SINTAEMA e Jamil Murad (PCdoB Nacional).

O presidente da FINDECT, José Aparecido Gimenes Gandara, relembra que a FINDECT vem participando de diversas audiência públicas, em todo o país, sempre na defesa dos Trabalhadores e Trabalhadoras Ecetistas.

“Em nenhum lugar do mundo, demite-se funcionários de carreira, com conhecimento grande sobre a empresa, para recuperar a situação financeira. Somente osTrabalhadores conhecem a realidade dos correios, e são eles que estão sendo prejudicados. Tiraram dinheiro de nossa aposentadoria (7 bilhões) e agora querem tirar nossa saúde. E nós não vamos deixar!!!” Afirma Gandara.

O companheiros Elias Diviza, Vice presidente da FINDECT, e presidente do SINTECT-SP, fez um importante pronunciamento, abordando a importância da realização de ações como as Audiências Públicas, para avançar a luta da categoria, e ressaltando o espírito de luta dos ecetistas:

“Nós estivemos em Brasília, no Senado e na Câmara dos Deputados, na AssembleiaLegislativa do Rio Grande do Sul e agora, em nossa casa, a convite da Deputada Leci Brandão (PCdoB/SP), na luta por nossos empregos. Tudo que conquistamos, foi através de greves, de lutas. E não vão nos tirar nada! Nós somos o sangue dessa Empresa, e quem nos enfrentar, vai ter que vir forte, porque nós somos um exército unido, preparados para a guerra!”, afirmou Diviza.

 

Silvana Azeredo, dirigente do SINTECT-SP destacou que “nossa Empresa, os Correios, é forte, porque tem a base forte. A crise está nas sucessivas más gestões. E hoje, neste espaço importante que a Deputada Leci Brandão (PCdoB-SP) nos abriu, não podemos deixar de falar do fechamento das agências. A capital sofre, a periferia está sendo penalizada pela má gestão que administra hoje a Empresa, e está acabando com o acesso a dignidade da população. Fechando agências, a Empresa tira o acesso da sociedade, não apenas aos serviços postais, mas também bancários, realizado através do Banco Postal”.

O Diretor do Sindecteb (Bauru) Hélio Amaro, frisou a participação da FINDECT e dos Sindicatos filiados em Audiências Públicas em diversos lugares do país. Para ele, “os Correios hoje, parecem terra de ninguém. A gestão é falha, e os trabalhadores estão pagando o preço. Somos pais e mães de família, que transformam seu trabalho em comida na mesa, em melhores condições para nossos filhos. A categoria está cansada de ameaças e de cortes de direitos. O clima de insatisfação é geral. Ou nós tomamos essa empresa de volta para nós trabalhadores, ou vamos amargurar o fim dela. Estaremos condenando nossas vidas”.

É preciso ganhar a população para a luta em defesa dos Correios

Ações como as Audiências Públicas são fundamentais para reforçar a luta da categoria ecetista. Elas têm o importante papel de levar o debate sobre a situação dos Correios para públicos mais amplos, tanto para parlamentares, partidos políticos, quanto para a população em geral. São um instrumento para ampliar e aprofundar o debate, com vistas à elaboração e encaminhamento de um projeto popular para os Correios, de interesse dos trabalhadores e da população.

Isso é fundamental, porque sem o envolvimento e o apoio de amplos setores da sociedade brasileira, fica muito difícil para a categoria combater a política que está sendo aplicada pelo governo Temer e seus representantes nos Correios.

Essa política visa ao sucateamento e a privatização das estatais, como os Correios, o que faz parte de um projeto amplo do governo golpista do Temer para tirar direitos dos trabalhadores e da população, para colocar no bolso das empresas e dos empresários. As reformas da previdência e trabalhista, além da terceirização irrestrita, são parte desse mesmo projeto.

Barrar a projeto em curso é uma tarefa muito grande para os trabalhadores dos Correios enfrentarem sozinhos. A última greve da categoria mostrou isso. A paralisação dos trabalhadores ecetistas é fundamental, mas para surtir o efeito esperado hoje, dentro da situação política vivida no país, precisa ser apoiada pela população, e assim ampliar a pressão sobre o governo, o Congresso, a Justiça e a direção da empresa.

Os serviços prestados pelos Correios são essenciais à população. Garantem o direito de todos os cidadãos à comunicação postal em todo o território brasileiro. Por isso ele deve ser um serviço público, prestado por uma estatal, com preço justo e acessível a toda a população, independentemente da posição social e do local de moradia.

Prestando esse serviço há 350 anos, de forma igualitária e equilibrada, os Correios sempre apresentaram alta lucratividade e eficiência. Mas suas diretorias passaram a alegar dificuldades financeiras e déficits como justificativa para retirar direitos dos trabalhadores, e também da população, diminuindo a frequência e o alcance do atendimento, gerando prejuízos aos usuários, aos trabalhadores dos Correios e ao país.

Isso ocorre em consonância com o discurso governamental de déficit da previdência e retirada de direitos dos trabalhadores com suas reformas. Nos Correios, passaram também a ameaçar abertamente com privatização.

Essas ideias precisam ser expandidas, para serem conhecidas e assumidas pela população brasileira, de norte a sul do país. Isso é determinante para que o projeto retrógrado do governo Temer seja derrotado.

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