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CONDIÇÕES DE TRABALHO PAUTARAM NEGOCIAÇÃO NESTA SEXTA-FEIRA


Publicada dia 03/07/2018 12:11

A segurança nas atividades dos Correios e o dimensionamento de cargas foram o centro do debate da rodada de negociações, ocorrida nesta sexta-feira (29), com a presença dos dirigentes da FINDECT, Wilson Araújo, Silvana dos Santos, Manuel Feitosa e Pedro Nepomuceno.

O debate iniciou pelo tema da segurança e ficou clara a intenção da empresa em oferecer aos trabalhadores e trabalhadoras apenas o mínimo previsto na legislação e enxugar ao máximo as cláusulas que tratam do tema nos Acordos Coletivos de Trabalho anteriores, que não tenham previsão legal, gerando conflito na mesa de negociação e fazendo com que o debate tenha se tornado tenso.

“A FINDECT questionou os objetivos da Empresa em não investir na segurança dos seus Trabalhadores. Defendemos a prioridade nesse assunto, mas direção da ECT demonstra não estar preocupada com a segurança dos seus funcionários.”, disse Wilson Araújo.

Os Diretores da FINDECT também reclamaram por uma solução para as paralisações nos Centros de Distribuição de Antonina e de Resende, no Rio de Janeiro, onde a categoria reivindica condições de trabalho e efetivo de profissionais para que possam atender a população adequadamente e com qualidade.

O dirigente do Sindicato de São Paulo, Manuel Feitosa, propôs que o departamento jurídico da empresa acompanhe os trabalhadores em todos os processos que envolvam assaltos quando forem prestar depoimento nos fóruns com a orientação em defesa do trabalhador. “Esta é uma forma da empresa provar que tem compromisso com os trabalhadores de verdade”, desafiou Feitosa.

A FINDECT e seus sindicatos filiados registraram que estão disponíveis para a implantação do projeto piloto das agências com blindagem análoga às casas lotéricas.

Outro tema debatido foi o da entrega pela manhã. Os trabalhadores defendem ampliar as unidades que fazem a entrega pela manhã. Por sua vez, a empresa pretende retirar a cláusula do ACT o que, no entendimento dos trabalhadores, abre brecha para a flexibilização e passe a ser uma norma, permitindo que a direção possa alterar quando quiser.

A direção da empresa também tenta flexibilizar o ACT, propondo excluir a cláusula que trata do dimensionamento de cargas. Silvana Santos, dirigente do Sindicato de São Paulo, defende que “os delegados sindicais devem ter acesso aos dados que estão sendo lançados sobre dimensionamento de carga, pois é o trabalhador que está na base que acompanha diariamente o local de trabalho e tem como vistoriar se o gerente está mesmo lançando certo no sistema”, disse.

Os representantes dos trabalhadores, preocupados com os atendentes comerciais, deixaram claro que é preciso respeitar o horário de almoço dos funcionários. Foi apontado que não é possível aceitar que sejam feitas mudanças com base na quantidade de pessoas que, eventualmente, possam estar aguardando atendimento nas filas.

Também foram demandados direitos como a jornada de 6 horas, adicional de periculosidade, adicional de guichê para retaguarda, entre outros.

As negociações continuam na próxima semana, com mais uma rodada de reuniões. A FINDECT convoca a categoria Ecetista para acompanhar as negociações, através dos canais oficias da Federação, ou dos Sindicatos filiados.

Lembrando que a pauta de reivindicações para o ACT 2018/2019 foi protocolada dentro do prazo legal, e corresponde aos direitos e benefícios arduamente conquistados e justamente merecidos dos Trabalhadores Ecetistas. Ela pode ser conferida aqui!

Reprodução: FINDECT (confira o texto original aqui)

+ Confira a ata da 6ª reunião, clique aqui!

++ Confira a Pauta de reivindicações 2018/2019 completa, clique aqui!

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