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FINDECT firma contrato com advogados americanos que cuidavam do caso BNY Mellon antes da intervenção


Publicada dia 08/04/2019 09:44

O Diretor Jurídico da FINDECT, José Aparecido Rufino e o advogado da Federação, Marcos Vinícius Gimenes estiveram em Washingnton (EUA) durante o mês de março para retomar o andamento das ações contra o BNY Mellon na justiça norte-americana.

O Banco BNY Mellon é acusado de ser o principal responsável pelo rombo do Postalis, algo que ocorreu por meio de inúmeros investimentos duvidosos e feitos de maneira pouco transparente pelo banco em nome do fundo de pensão.

Em 2017, antes da intervenção feita pela PREVIC, os gestores do Postalis já tinham entrado em contato com o escritório de advocacia CKR Law Firm. O objetivo era a realização de um procedimento chamado de Discovery, no qual os advogados investigam todos os documentos relacionados ao caso e montam sua tese.

O escritório de advocacia chegou a realizar o procedimento, contudo, após o início da intervenção, o interventor decidiu não dar continuidade ao caso, o que interrompeu todas as investigações.

Tendo em vista que nem a PREVIC e nem o interventor têm interesse algum em encontrar os responsáveis pelo rombo no fundo de pensão dos funcionários dos Correios, a FINDECT e os Sindicatos Filiados retomaram, por iniciativa própria, o contato com o CKR Law Firm, em especial o advogado Bart S. Fisher. A Federação e o advogado realizaram reuniões para retomar a investigação e prosseguir com a ação na Justiça norte-americana.

O que intriga a todos é o fato do interventor assumir que a única forma de salvar o Postalis é recebendo os valores devidos pelo BNY Mellon (cerca de 1,5 bilhão de dólares), contudo, ninguém parece realmente interessado em prosseguir com o caso e responsabilizar os culpados.

Ao que tudo aponta, tanto a PREVIC quanto o interventor sabem como salvar o fundo de pensão, porém, preferem não incomodar os verdadeiros responsáveis pelas falcatruas ocorridas durante os anos de gestão abusiva e corrompida do Postalis e de seus investimentos.

Ainda em 2013, muito antes da intervenção, no momento em que o Postalis anunciou o saldamento do plano BD, a FINDECT encaminhou ofício à PREVIC exigindo que ela questionasse a direção do Postalis sobre o ocorrido, principalmente para posicionar toda a classe trabalhadora.


Na época, a resposta da PREVIC pedia tranquilidade, uma vez que a situação do Postalis era “contornável”. Atualmente, o que sabemos é que nosso fundo de pensão possui uma dívida astronômica gerada por má gestão e investimentos fraudulentos.

Se a PREVIC se contenta com abafar o caso, a FINDECT não. Iremos continuar nos esforçando e buscando todos os meios possíveis para que possamos encontrar os culpados e retomar os valores perdidos com as fraudes.

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