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Audiência Pública reforça luta contra privatização e a necessidade dos Correios como empresa pública


Publicada dia 07/06/2019 09:44

Deputados, Sindicalistas e representantes do Governo estiveram presentes na Audiência Pública Contra a Privatização dos Correios, evento realizado no dia 5 de junho de 2019.

Ela é fruto da articulação política das Federações Representativas (FINDECT e FENTECT) com Parlamentares, e serve como resposta às ameaças do Presidente e do Ministro da Economia, que divulgam suas intenções em vender a estatal tricentenária ao capital privado.

Participaram da audiência na Comissão de Legislação Participativa o Presidente da FINDECT, José Aparecido Gimenes Gandara, e demais representantes da Federação, além de representantes da FENTECT, ADCAP, FAACO, ANATECT, Presidente dos Correios, e assessor especial do Ministério da Economia, Fábio Almeida Abrahão.

A Audiência foi iniciativa dos Deputados Leonardo Monteiro (PT/MG) – Presidente da Comissão, e Glauber Braga (Psol-RJ). Esse é considerado o início da luta para barrar a privatização e garantir o emprego dos mais de 100 mil Trabalhadores,e  a soberania garantida por meio dos Correios público, Estatal e de Qualidade.


Créditos: FENTECT/ Heitor Lopes

ORADORES DEFENDEM MANUTENÇÃO DOS CORREIOS ESTATAL:

Nas diversas falas que ocorreram na audiência, com exceção a do assessor especial do Ministério da Economia, a opinião de que o Brasil precisa de um Correios público foi unânime. Inclusive, foi esse o posicionamento do Presidente da Empresa, General Juarez de Paula Cunha, o primeiro a falar na audiência. Ele frisou que apenas 324 municípios do país dão lucro e subsidiam as atividades nos demais 5240, em cumprimento à missão imposta pela constituição. E lembrou que isso mostra o quanto espetacular é o papel dos Correios para a integração nacional, por atuar em áreas diversas como educação, defesa civil, infraestrutura, entre outros.

SINDICALISTAS CRITICAM AMEAÇAS E SE DIZEM PREPARADOS PARA A LUTA:

O presidente da FINDECT apresentou na audiência pública um estudo detalhado sobre a situação econômica da Empresa, ressaltando a importância dos Correios para a população brasileira. Gandara afirma que “no ano passado [a empresa] deu R$ 161 milhões de lucro; em 2017, R$ 667 milhões. De 2004 a 2014, os Correios todos os anos foram lucrativos; em 2014 e 2015 teve um déficit, mas não por conta da geração de receita dos Correios, e sim por conta do dinheiro que foi investido nas Olimpíadas, nos patrocínios, nos repasses de dividendos à união (R$8 bilhões)”.

Ainda, o Presidente da FINDECT destaca que a geração de receita nos Correios depende única e exclusivamente da mão de obra dos Trabalhadores. Sendo uma das estatais que paga um dos salários mais baixos aos seus funcionários, é praticamente impossível que  apresente prejuízos senão fruto de má gestão, maus investimentos, ou de retirada de dinheiro em caixa. “Se os Correios arrecadam R$20 bi ao ano, e têm 100 mil trabalhadores, então cada um produz cerca R$200 mil reais. Com um salário médio de R$2500,00 o custo por empregado não passa de R$50 mil ao ano. A pergunta que fica é ‘Onde estão os outros R$150 mil que não estão sendo reinvestidos? ’. Não há como apresentar prejuízos dessa forma. Esse discurso é uma grande falácia”, finaliza Gandara.

ASSISTA AO VÍDEO COM A APRESENTAÇÃO DO PRESIDENTE DA FINDECT:

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